Nasceu em 15 de dezembro de 1946, na cidade de
Criciúma. Filha de Líbero Scotti e Diva Macarine Scotti. Formou-se pela Escola
Normal Madre Tereza Michel no ano de 1965. Mas, sua trajetória inicia desde o
ano de 1963, como professora no então E.E.R.R. Carlos Gorine, município de Criciúma.
Foram 33 anos dedicados à educação; muitas lutas, tristezas, alegrias e
vitórias acompanharam seu caminho. Dizia sempre que “a educação é pedra
fundamental na educação de um mundo melhor”. E toda sua vida profissional foi
vivida baseada neste ideal.
Prestou concurso público estadual no ano de 1966,
efetivando-se na escola R. Cruz de Souza, em Criciúma. No ano de 1967, casa-se
com Maurino dos Santos, residente no município de Içara, e desta união nasceram
sete filhos: Jaqueline, Janaina, Giancarlo, Giovana, Jamile, Gisiane e Gisele
dos Santos. Em virtude do laço matrimonial remove-se do Grupo Escolar Miguel
Giacca (Rio Maina – Criciúma) para o Grupo Escolar Antônio João (Içara) em
1970. No ano de 1973, foi designada para exercer o cargo de auxiliar de Direção
na Escola Básica Antônio João, permanecendo no exercício até março de 1975. A partir
de abril de 1976, exerce a função em comissão de secretária de escola, até que
no ano de 1977 exerce a função de Diretora da E.B. Antônio João.
Em 1979, formou-se no Curso de Licenciatura Plena em
letras, pela Fundação Educacional de Criciúma (FUCRI).
Em 1982, presta novamente concurso público estadual
para o cargo do professor III, lotando-se no Colégio Estadual Princesa Isabel,
de Morro da Fumaça. Afasta-se por algum tempo da escola que a acolheu. Consegue
remoção para a Escola Básica Estadual Melquíades Bonifácio Espíndola, Praia do
Rincão, Içara, em agosto de 1982.
Em 2 de janeiro de 1986, retorna não mais ao Grupo
Escolar, mas ao Colégio Estadual Antônio João. Em 1987 trabalha também na E.B.
Antônio Colonetti e em 1988, na E.B. Antônio Guglielmi Sobrinho.
Em 8 de junho de 1990 aposenta-se, mas continua a
lecionar como substituta no C.E. Antônio
Guglielmi Sobrinho e no C.E. Antônio João, por não conseguir afastar-se por
muito tempo do universo educacional e de seus alunos. E a ironia foi que a
última missão como educadora foi essa: resgatar junto a seus queridos amigos a
história da escola, a qual também tinha protagonizado como personagem. Escola
que a recebeu por duas vezes: quando de sua remoção e depois como professora
admitida em caráter temporário e que, por escolha da comunidade escolar,
escolheu seu nome para homenageá-la.
Recebeu, ainda em vida, muitas homenagens escritas
por seus alunos e ex-alunos como o trecho a seguir:
“O mesmo amor que nos impulsiona a escrever, para quem nos ensinou a
imaginar com o fascinante mundo das letras, a professora, que não mais que
ninguém igual a ela, embalava nossas fantasias, guiando nossos rabiscos na
tradução de nossos desejos e ideais, nos permitindo continuar acreditando que é
impossível deixar de sonhar. Essencial é, no seu silêncio, simplesmente dizer que
o ser que habitava a mestre SALETE era MAIS. Transcendia as imperfeições, é
insubstituível a “obra” que nenhum outro artista poderá criar. Sem maiores
necessidades de explicar seu exemplo de vida, são as palavras que se dizem por
si próprias...” (Maristela Benedet – Jornalista – Ex-aluna da profª Salete
Scotti dos Santos – 1997).
Trabalhou ainda no Colégio Cristo Rei e na E.B.
Municipal Quintino Rizzieri, ambos em Içara. Participou por vários anos da Casa
da Amizade, da rede Feminina de Combate ao Câncer e por vários anos fez parte
de grupos da Igreja Matriz, ministrando curso para noivos e de catequese.
Também integrou a A.P.P. do Colégio cristo Rei. Recebeu várias homenagens
póstumas, dentre elas da Rede Feminina de Combate ao Câncer.